Após várias atividades intensas e renovadoras, o Coletivo Maria Maria encerrou a última semana com um encontro de formação para discutir os rumos do feminismo e o direito das mulheres com Nalu Faria, da Marcha Mundial de São Paulo.
O encontro aconteceu na tarde do dia 11 de março, nele foi apresentado para as militantes que tem se aproximando recentemente do coletivo o que é a Marcha Mundial das Mulheres. Ressaltou-se ainda a sua criação e a forma de se organizar através dos núcleos espalhados por vários lugares no mundo, e que possui bastante visibilidade aqui no Brasil.
Dentre os diversos assuntos abordados, Nalu também falou sobre o feminismo negro e o transfeminismo.Segundo Nalu, hoje há pouco debate sobre um modelo de sexualidade libertário e muitas mudanças comemoradas por muitas de nós, como ampliação do conceito de família, não questionam os valores, como as estruturas familiares, por exemplo. Com relação ao feminismo negro reforçou para não perdermos de vista a opressão de classe, e a necessidade de se trabalhar os temas conjuntamente.
Apontou como crítica ao feminismo brasileiro o pouco debate em torno do que acontece internacionalmente. Para concluir abriu-se para um debate onde foi levantada a questão do lugar de fala, do protagonismo, da sororidade e como lidar com os múltiplos feminismos. Para finalizar, Nalu reforçou a importância da auto-organização, da necessidade de se concentrar na unidade do movimento e na formação do coletivo. É através do fortalecimento do coletivo que se constrói um movimento coeso e capaz de mudar a estrutura da sociedade combatendo as opressões.


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